segunda-feira, 28 de maio de 2012

- Cachorros : Seja o líder do seu cão

Os cães são seres sociais que vivem em matilhas e possuem uma complexa organização social. Se os donos dos cães entenderem e respeitarem essa organização, será estabelecida uma relação muito mais harmoniosa entre o homem e seu melhor amigo, resultando em bem-estar e felicidade.

A primeira lei do adestramento, e também do convívio entre cães e humanos, exige que você compreenda a realidade do cão. Ele não é gente. É um ser que pertence à matilha e possui ainda todos os instintos de sobrevivência, proteção e afeto de que seus antepassados necessitam para sobreviver como espécie. Para o cão, a nossa família é a matilha à qual ele pertence. É isso mesmo, para ele nós também somos cachorros!

Os cães na matilha necessitam de um líder, um cão que graças às suas habilidades conduza os demais membros. Para os cães a hierarquia é obrigatória, todos os cães sabem exatamente o lugar que ocupam na ordem dentro do grupo. Ele tentará descobrir qual a posição que ocupa entre os membros da família. Ser o líder da matilha significa estabelecer as regras e ao contrário do que muita gente pensa, o líder da matilha costuma ser o membro mais querido do grupo.
Uma das maneiras do cão aprender é por imitação, por isso, se uma pessoa conseguir impor respeito a seu cão pela violência, provavelmente fará com que esse cão imite a sua técnica para obter respeito ou, quem sabe, chegue um dia a disputar violentamente com ela a posição de liderança.

Uma pessoa que grita com o seu cão ou bate nele é um péssimo líder, pois só consegue sua posição por meio de ameaças e agressões. Cães que recebem esse tipo de tratamento adquirem seqüelas graves que dificultam muito o adestramento.

Existem inúmeras maneiras de nos tornarmos líderes de nossos cães sem praticar nenhuma violência. Qualquer tipo de agressão contra o animal atrapalha o condicionamento e altera negativamente seu padrão de comportamento. A violência não é uma maneira eficiente de se comunicar com seu cão ou de puni-lo.

Algumas dicas para você estabelecer a liderança na matilha:
- Ande na frente: como o líder geralmente anda à frente, a maioria dos cães procura ocupar essa posição. Portanto, ao passear com seu cão não permita que ele vá à frente e ao passar por portas e portões conduza o seu cão.
-Inverta a situação: quando seu cão latir ou pedir alguma coisa, não satisfaça-o imediatamente. Caso contrário, você estará obedecendo as ordens dele, e ele interpretará isso como uma prova de que ele é o líder do grupo. Portanto dê alguns comandos ao seu cão antes de fazer o que ele está esperando.
- Ignore quando necessário: se seu cão não quiser obedecer, ignore-o completamente e não faça o que ele está pedindo.
- Ganhe respeito e dê bons exemplos: não disputa objetos com seu cão, como por exemplo, por meio de brincadeiras de cabo de guerra.
- Elogie: Quando seu cão se comportar ou mostrar submissão, elogie-o. Assim, além de mostrar que você é o líder, dará a ele o prêmio de receber atenção ao deixar que você ocupe essa posição.

A questão de liderança é importantíssima para o treinamento. Seu um líder não é tão difícil, mas ser um ótimo líder demanda treinamento, conhecimento e atenção. Quanto mais respeito e mais carinho sentir por você, mais fácil e mais prazeroso será o adestramento. Ele terá todos os motivos do mundo para querer obedecê-lo.


Referência:
ROSSI, Alexandre. Adestramento inteligente: com amor, humor e bom senso. São Paulo: CMS Ed, 1999. 260p.

- Cachorros : Medo de trovão .

Fogos em dia de futebol, trovões numa tempestade… Entenda porque tantos cães tem medo de estrondos.
Não raro, cães entram em desespero ao ouvir explosões. Babam, tremem e, muitas vezes, tentam entrar em locais pequenos demais para eles ou se jogar pela janela. O estresse pode ser tanto que, no dia seguinte, ficam doentes ou se machucam seriamente. Mas, por que ficam tão apavorados?
Instinto de preservação
Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons. Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, como árvores caindo, relâmpagos, etc. Os antepassados dos cães que mais fugiram desses sons foram os que mais tiveram chances de sobreviver.
Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão. É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir.
Não é dor no ouvido
Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo. Tá certo que um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, possa realmente ter esse efeito, mas é raro isso acontecer.
Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados. A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho.

Trauma

Sempre que se assusta demais, o cão pode desenvolver trauma. Se um barulho muito forte o apavorar, outros ruídos semelhantes passarão a causar medo enorme, simplesmente por estarem associados ao grande susto inicial. É o que acontece quando um cão começa a tremer e a ficar ansioso com trovões fracos, bem distantes. Há casos em que a umidade do ar, o vento e a mudança da luminosidade são associados com o perigo de barulhos altos. Ou seja, antes mesmo de a tempestade se formar, o cão já pode estar sofrendo.
Cura difícil
Infelizmente, não é fácil resolver esse problema. Mas existem várias dicas para amenizá-lo. Casos de recuperação total acontecem. Não desanime, portanto. Almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário. Proceda com calma e consideração.
Local de confiança e protegido
Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele – permita que fique lá. Além disso, se possível, crie um espaço com janelas e portas vedadas – quanto mais a prova de som, melhor -, e acostume o cão a freqüentá-lo.
Se você escolheu o seu quarto, ótimo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro. Dentro desse lugar, habitue-o a ouvir sons altos, bem altos, como de TV, rádio ou mesmo um CD de música. Desse modo, quando houver barulho de fogos ou trovões você poderá encobri-los, mesmo que parcialmente. Acostume o cão a brincar e a se divertir naquele ambiente também sem haver trovões ou rojões, para o local não ser associado a barulhos assustadores.
Acostumar aos poucos
Sempre que você e o cão ouvirem um barulho semelhante ao que causa medo nele, comemore com ele – dê petisco, jogue bola, etc. Tenha cuidado para nunca demonstrar que você se assustou com um barulho. O seu papel é ser fonte de segurança – esse exercício só funcionará se o cão se sentir relativamente seguro. Por isso, não se agache para protegê-lo quando houver um estrondo. Para ele, o ato de agachar pode ser sinal de medo.
Um modo seguro de acostumar o cão com barulhos cada vez mais altos é gravar sons de tempestade e de fogos e reproduzi-los em momentos agradáveis. Para ele não ficar assustado, respeite sempre os limites.
Evite novos traumas
Todo o treino pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos ruídos. Considere, portanto, a possibilidade de, no dia de uma grande partida de futebol, na virada de ano novo ou quando mais for necessário, lançar mão de ansiolíticos (medicação tranquilizante). Consulte seu veterinário sobre isso. Antes de usar o remédio diante de estímulos muito estressantes para o cão, teste o remédio. Há possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo. Procure também observar se a dose está adequada. Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais. Nesse último caso, ele deverá ficar confinado num espaço seguro e protegido de qualquer perigo, já que perambular pela casa causaria risco de bater em algo ou cair da varanda, por exemplo
Fonte: Revista Cães & Cia, n. 361, junho de 2009

- Cachorros : O tapa como punição : NUNCA bata em seu cão .

Nunca devemos bater no cão? Nem se ele fizer algo muito grave, como atacar os próprios donos? E se dermos só um tapinha de leve, apenas para indicar que não gostamos do que fez? Bater no cão não é uma maneira de educá-lo? Ou de nada adianta bater?
Cuidado com preconceito e radicalismo
É comum que gente bem-intencionada acabe por prejudicar a vida de seus animais por acreditar em conceitos radicais e sem flexibilidade. Conheço diversas pessoas que morrem de pena de punir seus cães por mau comportamento. Por isso, seus animais tornam-se mal-educados e acabam tendo de ficar trancados em canis ou do lado de fora de casa, longe de onde mais gostariam de estar: junto do seu grupo! Portanto, não sou contra a punição (atenção: punir não é sinônimo de bater), principalmente quando ela contribui para melhorar o bem-estar e a relação entre as pessoas e o cão da casa.

Punição psicológica tudo bem?
Outra idéia radical é acreditar que é errado punir fisicamente, mas tudo bem se a punição for psicológica. Por exemplo, quando o bicho faz algo errado, em vez de bater nele, ignorá-lo ou mostrar desdém por horas ou dias! Para o cão que depende da aceitação do grupo para sentir-se bem, a atitude poderia ser considerada até cruel. Portanto, não bater no cão não significa necessariamente fazer a coisa certa. Se ele pudesse escolher, acredito que preferiria um tapinha a ser ignorado por longo período!

Mas por que não bater?
Se bater fosse a melhor ou a única maneira de estabelecer limites e educar o cão, eu seria a favor. Educação é essencial para garantir o bem-estar e o bom convívio. Mas há diversas técnicas para punir um cão, mais vantajosas que um tapa, por exemplo. Podemos, ainda, na maioria das vezes recompensar os comportamentos corretos em vez de punir os errados, motivando o cão a acertar e, de quebra, exercitando nossa capacidade de perceber e recompensar as coisas certas, em lugar de focar sempre no que está errado.

Punição ideal
É a punição que faz o cão evitar determinado comportamento ao associá-lo com algo desagradável. Acredito também que a punição deva ser segura, no sentido de não haver possibilidade de machucar o animal nem a pessoa. Deve ser também clara, no intuito de educar, de inibir um comportamento, e não de vingar-se nem de extravasar raiva.

Bater não é seguro para o cão
É relativamente fácil machucar um cão quando se bate nele. Raramente conseguimos controlar nossos movimentos com precisão tal que provoquem apenas desconforto. Imagine uma pessoa dando uma joelhada no tórax do cão para ele parar de pular em cima dela (técnica descrita por diversos livros de comportamento!). Dependendo da velocidade com a qual o cão veio para cima de você, a força do seu joelho no tórax dele pode se multiplicar e até provocar uma fratura de costela! Tapas no focinho também podem machucar, se forem fortes demais ou em região mais sensível. Muita gente bate mais forte quando está com raiva, o que aumenta ainda mais a possibilidade de exageros.
Não é seguro para as pessoas
Algumas punições podem deixar o cão mais perigoso. Bater costuma ser uma delas. Diversos cães reagem agressivamente ao perceber que alguém irá atacá-los com o corpo ou com um objeto. Principalmente se antes disso a pessoa ameaçou ou olhou fixamente nos olhos, atitudes típicas de quem está revoltado ou nervoso. Ao apanhar, nem sempre o cão reage agressivamente se a agressão veio de um superior hierárquico. Mas pode atacar mais facilmente outra pessoa que o ameace, como uma mulher ou criança. Ou seja, bater num cão pode torná-lo mais perigoso até para outras pessoas. Cães que passam a temer movimentos bruscos podem atacar uma criança que esteja indo abraçá-los, por exemplo.

Que fazer, então?
A conclusão é que devemos aprender a educar. Fazer, às vezes, algo de que o cachorro não gosta para inibir alguns comportamentos ou estabelecer limites. Mas não devemos correr o risco de machucá-lo nem de nos machucar. Por isso, recomendo que as punições causem apenas susto (desconforto psicológico) ou desconforto físico no animal, sempre na intensidade adequada. No próximo artigo, darei diversas dicas de como conseguir educar o cão sem nunca mais ter de bater nele.


TÉCNICAS PARA NUNCA MAIS BATER EM SEU CÃO

Há muitas maneiras de punir comportamentos errados sem dar tapa
No artigo anterior, argumentei sobre os perigos de bater nos cães, tanto para nós, quanto para eles. Embora seja estratégico punir comportamentos errados para educar e estabelecer limites, há muitas maneiras de fazê-lo sem precisar dar tapa no cão.
Escuto com certa freqüência comentários do tipo “as técnicas do Rossi funcionam para cachorrinhos de madame, mas não para o meu Rottweiler!” Isso está longe de ser verdade. Eu e minha equipe somos chamados para resolver problemas de comportamento de bichos de todo tipo. Principalmente de animais grandes e agressivos. Como o elefante, na Tailândia, que iria ser sacrificado por ter matado sete treinadores e recuperei, patrocinado pelo Rotary Internacional. E nunca batemos num animal! Portanto, as técnicas aqui descritas funcionam, independentemente do tamanho ou da agressividade do animal.

Antes de aprender sobre punições, é importante ressaltar que devemos, sempre que possível, recompensar os comportamentos corretos e não só punir os errados. Cães que destroem plantas, por exemplo, devem ser estimulados e elogiados quando mastigarem seus brinquedos. Cães que pulam nas pessoas merecem um petisco ou um carinho quando optam por sentar em vez de pular.
As punições servem para modificar ou inibir um comportamento. Para obter esse resultado, diversas regras precisam ser seguidas:
Punição que o cão queira evitarO que é punição para um, pode não ser para outro. Cães, assim como nós, possuem gostos e sensibilidades diferentes. É importante, portanto, aprender o que agrada ao cão e o que lhe desagrada.
Susto ou desconforto
As punições que uso causam apenas um susto ou desconforto. O tipo de punição precisa estar de acordo com a sensibilidade do animal. Um barulho bastante alto pode ser completamente ignorado por um cão e pode deixar outro tremendo por horas. Tome muito cuidado na escolha da punição, principalmente se o seu cão for bastante medroso.

Escolha da “arma”
Diversos objetos podem nos auxiliar a provocar um susto ou desconforto no cachorro quando ele optar por fazer a coisa errada. É importante que a punição aplicada não desencadeie nenhuma agressividade no cão, que não o machuque e também que não o deixe assustado por horas. Na dúvida, conte com ajuda de um adestrador ou consultor comportamental.

A. Spray com água
Alguns cães odeiam ser borrifados com água, principalmente se estiverem concentrados em roubar um pedaço de comida. Cuidado para não acertar dentro do ouvido do cão. Em alguns casos, colocamos uma substância amarga e não tóxica para aumentar o desconforto provocado pelo spray. Nesse caso, miramos na boca do cão.

B. Lata com moedas
Moedas ou arruelas dentro de uma lata fazem um barulhão quando as sacudimos. Muitos cães sentem-se intimidados com o barulho.

C. Biribinha ou estalinho
Também funciona pelo susto que o cão leva com a miniexplosão. Evite usar com cão que tenha fobia de fogos de artifício ou que seja muito medroso, pois as punições devem evitar problemas de comportamento e não agravá-los!

D. Jato de ar
Desde bomba de encher pneu de bicicleta até extintor de CO2 (só de CO2 ou ar comprimido, não use nunca de pó químico!) podem ser usados. Normalmente, bomba de encher pneu é muito fraca e o extintor é muito forte. No caso de cães brigando, o extintor é a minha punição predileta, pois dá um baita susto e costuma separá-los na hora, sem perigo de machucá-los!

Aja no momento certo ou esqueça!
Para a punição ter sentido, o cão precisa associá-la ao comportamento errado. O melhor momento de aplicá-la é no início do comportamento errado, não antes e nem depois. Por exemplo: o cão deve ser repreendido quando subiu na cadeira e está para roubar a comida da mesa.

Já é mais do que comprovado que a punição tardia não funciona e que pode, inclusive, causar problemas psicológicos para o animal, pois ele não entende com clareza o que está acontecendo. Apontar para a coisa errada que ele fez, perguntar quem fez aquilo, etc., não funciona, acredite!
Faça o cão fracassar
Além de receber punição, o cão deve fracassar na intenção errada dele. Ou seja, é importante que ele não consiga o que quer. Se ele estiver a fim de roubar comida de cima da mesa, mantê-lo com uma guia pode ajudar o treinador. O mesmo é válido para um cão que quer pular em cima das pessoas ou subir nos móveis. Aja de maneira a impedi-lo de realizar tais desejos e associe a tentativa com algo desagradável ou assustador.

Fonte:Revista Cães & Cia, n. 342, novembro de 2007
Revista Cães & Cia, n. 343, dezembro de 2007

- Cachorros : 8 dicas para o cão parar de cavar o jardim

Pode não ser muito legal ter seu cão fazendo buracos no seu jardim. Aqui vamos dar oito dicas que podem ser úteis para resolver esse problema.
cavandojardim 300x225 8 dicas para o cão parar de cavar o jardim
1. Crie cantinhos excepcionais
Por instinto, o cão dá uma cavadinha onde irá se deitar – costuma fazer isso até em sofás e pisos frios! Normalmente, após a cavadinha, dá umas rodadas e se deita. Muitos cães gostam de deitar-se em lugares frescos do jardim ou que permitam acompanhar o movimento da casa ou da rua. O problema é que, muitas vezes, há um canteiro de flores ou grama justamente nesses lugares. O truque é preparar cantinhos perfeitos para o cão, levando em consideração o que ele mais deseja. Às vezes, até sugiro uma pequena reforma paisagística.

2. Gaste o excesso de energia
Quanto mais energia o cão tiver, maiores as chances de ele cavar grandes buracos. Uma maneira de controlar o excesso de energia é levá-lo para passear diariamente e/ou exercitá-lo bastante, com brincadeiras.

3. Combata o tédioCães também ficam entediados! Gostam de passear, caçar, brincar, etc., e não de ficar isolados em um quintal. Crie atividades para tornar a vida do seu cão mais interessante. Nem que seja escondendo petiscos no jardim para ele encontrar. Ler artigos sobre enriquecimento ambiental e comportamental ajuda a ter idéias para entreter o cão.
4. Evite que enterre objetos
Enterrar ossos naturais e alimentos para consumir mais tarde também faz parte do instinto canino. Muitos cães enterram apenas alguns tipos de objetos. Se o seu fizer isso, não deixe de lhe dar os objetos daquele tipo. Mas, em vez de entregá-los, mantenha-os amarrados numa corda. Assim, ele não poderá levá-los para enterrar. Um jeito de evitar que o cão se enrosque na corda é pendurar o objeto de modo a não encostar no chão. Esse método é útil também para combater a possessividade canina por determinados objetos.

5. Prepare um cantinho para grávidas
Cadelas prestes a parir ou com gravidez psicológica procuram cavar um ninho para os filhotes. Nesses casos, devemos preparar cantinhos perfeitos para elas. E, quando a gravidez for psicológica, pode-se, ainda, tratar a fêmea com inibidores de hormônio (consulte seu veterinário).

6. Torne desagradável desenterrar
Se o cão cava lugares específicos, antes de tapar os buracos encha-os com os próprios cocôs dele. É praticamente certo que isso o fará desistir de cavar aquele local. Com o tempo, você irá minando todos os lugares mais cavados. Essa é a minha dica preferida!
7. Reestruture seu jardim
Procure adaptar o estilo do seu jardim à presença canina. Às vezes, algumas pequenas alterações podem evitar muita dor de cabeça e proporcionar menos estresse no convívio. Pedras nos lugares em que o cão cava, assim como cercas e telas, podem, muitas vezes, ser a melhor solução. Um dos meus clientes resolveu o problema com telas postas no solo dos canteiros que o cachorro cavava. Nessa alternativa, caso se queira ocultar a tela, basta jogar um pouco de terra por cima. Ou esperar que as plantas cresçam. Há, porém, o inconveniente de ser preciso retirar a tela ou cortá-la, para plantar nova muda. Em alguns casos, sugiro construir uma caixa de areia no jardim para o cão poder se divertir, cavando. Afinal, cavar é um comportamento normal e saudável.

8. Só dê bronca durante a ação errada
Nem pense em dar bronca no cão se não for no exato momento do comportamento inadequado. Está mais que comprovado: bronca fora do momento exato, além de não funcionar, pode deixar o cão confuso, o que aumenta as chances de surgirem problemas de comportamento. A melhor ocasião para repreender o cão é quando ele começa a cavar um lugar proibido. Nesse momento, procure fazê-lo sentir desconforto. Jogue um pouco de água nele ou faça um ruído que o assuste, por exemplo. Mas só faça isso se ele não for medroso nem inseguro. Algumas pessoas conversam com o cão quando ele erra. Tentam explicar que agiu incorretamente. Não faça isso. O cão pode gostar dessa atenção e começar a cavar na expectativa de receber mais!

Fonte: Revista Cães & Cia, n. 344, janeiro de 2008

- Cachorros : Gravidez Psicológica ou Pseudociese

A cadela começou a raspar cantinhos da casa, simulando cavar? Protege uma área ou objeto? Fica ansiosa e choraminga? Atitudes como essas, aliadas a uma eventual falta de apetite, podem indicar gravidez psicológica caso não tenha ocorrido acasalamento. Alexandre Rossi explica o que se pode fazer quando a gravidez é psicológica
A gravidez psicológica, ou pdeudociese, ocorre em mais de 50% das cadelas não castradas. Além das mudanças comportamentais, ela causa alterações físicas, como o desenvolvimento das glândulas mamárias e a produção de leite, chegando a surpreender muitos proprietários. Como isso foi acontecer se a fêmea nem esteve com um macho?
Como surge?
Do ponto de vista fisiológico, a gravidez psicológica é um engano do organismo. É gerada por alterações hormonais, capazes por si só de influenciar o comportamento e o desenvolvimento de tecidos mamários. Portanto, para que a “gravidez” ocorra, não é preciso haver filhotes no útero.
A confusão parece acontecer quando diminui bruscamente o hormônio progesterona, presente durante o cio e por mais dois meses. Quando a cadela está para dar a luz, cai o nível de progesterona, o que estimula a produção do hormônio prolactina. A prolactina, por sua vez, age no tecido mamário, podendo ativar a produção de leite e também causar o comportamento maternal. É comum as cadelas desenvolverem gravidez psicológica após a castração, se realizada até três meses depois do início do cio. Com a retirada dos ovários, que produzem a progesterona, há a interrupção da produção desse hormônio e a liberação da prolactina pela hipófise, localizada no cérebro.
Por que é comum?
gravidez21 e1335493035581 Gravidez Psicológica ou PseudocieseÀ primeira vista, fica difícil imaginar como a gravidez psicológica se tornou comum na espécie canina. Mas, se pensarmos numa alcatéia (grupo de lobos), a coisa fica mais fácil. Nela, só os indivíduos dominantes costumam se reproduzir. E eles, tanto os machos como as fêmeas, são também os melhores e mais corajosos caçadores.
As lobas não dominantes que desenvolviam gravidez psicológica podiam cuidar, com perfeição, dos filhotes das fêmeas dominantes, já que apresentavam os comportamentos necessários para tal, e até amamentavam. Graças a essa ajuda, as fêmeas dominantes podiam caçar e conseguir alimento para o grupo. Com isso, as fêmeas que cuidavam dos filhotes se aproximavam afetivamente da líder e desenvolviam um bom relacionamento com a próxima geração. E ser influente numa alcatéia é importante para a sobrevivência e para a escalada hierárquica.
O que fazer?
Quando ocorre a gravidez psicológica, há quem deseje interrompê-la para a cadela voltar logo ao normal. Medicamentos que inibem a prolactina fazem cessar rapidamente a produção do leite e o comportamento maternal.
Sem medicação, a gravidez psicológica costuma terminar em duas semanas. Alguns proprietários preferem aproveitar essa fase para admirar o comportamento materno das suas cadelas. Apreciam vê-las adotar e proteger os filhotes imaginários, na forma de bichos de pelúcia, de bolinhas e até de controle remoto de TV! Uma das atitudes destinadas à proteção dos filhotes é cavar – serve para lhes preparar uma toca.
Devemos retirar os filhotes imaginários?
Algumas pessoas, para impedir que a cadela adote objetos, têm atitudes como tirá-la do cantinho que escolheu e esconder seus brinquedos. Tais procedimentos podem aumentar a ansiedade da cadela e estimular comportamentos compulsivos. Deixá-la a vontade é a maneira mais respeitosa de lidar com a situação.
Evitar agressividade
A cadela pode ficar com ciúme dos filhotes imaginários e se tornar agressiva para protegê-los. Mostre que você não irá roubá-los. Para isso, ao se aproximar dela, ofereça um petisco ou brinquedo. A maioria das fêmeas deseja a aproximação de alguém que, além de não ser ameaça, traga coisas gostosa.
gravidez3 300x174 Gravidez Psicológica ou Pseudociese
Complicações com as mamas
O aumento das mamas é normal durantes a gravidez psicológica e o leite produzido acaba sendo reabsorvido pelo corpo da fêmea. Mas às vezes ocorre a mastife – inflamação nas glândulas mamárias. Por isso, se surgirem carocinhos, dores ou pele avermelhada, não deixe de consultar um médico-veterinário. A produção de leite pode aumentar ou durar mais tempo se as mamas forem estimuladas. É melhor, portanto, evitar manuseá-las. E se a cadela praticar auto-sucção das mamas, pode ser recomendado impedi-la com um colar elisabetano (posto em volta do pescoço torna impossível o contato da boca com o próprio corpo).
Fonte: Revista Cães & Cia, n. 315

sábado, 26 de maio de 2012

- Cachorros : Proteja seu cachorro no inverno .

Apesar do inverno ainda não ter começado, o outono já está apresentando temperaturas mais baixas no sul e no sudeste do país há alguns dias, forçando as pessoas a tirarem da parte mais alta dos armários, os cobertores, casacos e cachecóis.
Há as pessoas que gostam e há as que se sentem incomodadas com o período mais frio do ano. O mesmo acontece com os animais de estimação, já que algumas espécies estão mais adaptadas ao inverno que outras. E assim como ocorre com os seres humanos, os pets também ficam mais vulneráveis a algumas doenças.
De acordo com a médica veterinária do Mascote Pet Shop, Drª Ana Flávia Ferreira, o período outono/inverno exige alguns cuidados para garantir a saúde dos animais de estimação. “A primeira medida é impedir que os pets fiquem expostos ao frio, o que evitará o aparecimento de doenças. A alimentação e a higienização também pedem atenção especial”, alerta.
Abrigando seu pet – A exposição ao frio é altamente prejudicial aos animais de estimação, principalmente os de pelo curto; pois são poucas as espécies de cães preparadas para resistir a temperaturas muito baixas, como São Bernardo, Akita, Husky Siberiano e Bernesse.
Para os animais que dormem fora de casa, no quintal, os proprietários devem adotar o uso de casinhas (que podem ser de madeira, plástico ou papel reciclado), que posicionadas de maneira oposta às correntes de ar, protegem muito do frio. Já os animais que dormem dentro de casa, podem ser acomodados em caminhas. Nos dois casos, o uso de colchonetes e de edredons disponíveis no mercado pet, são boas opções para aumentar a proteção e o aconchego dos bichos.
Roupas para cães – Não são meros caprichos dos proprietários e ajudam muito no aquecimento dos animais. Atualmente, as lojas especializadas oferecem uma infinidade de modelos confeccionados em moletom, soft, lã e algodão; mas a veterinária destaca: “há casos de animais que não se adaptam às roupas de lã ou de tecidos sintéticos, desenvolvendo coceiras ou manchas vermelhas pelo corpo. Nestas situações, o ideal é que o proprietário troque a roupa por uma de algodão ou soft, que causam menos irritação”.
Doenças comuns no inverno – Cães e gatos que estão com as vacinas em dia correm menos risco de ficar doentes.
No caso dos cães, as doenças mais comuns nessa época do ano são as viroses, como a traqueobronquite ou “tosse dos canis”, cujos sintomas lembram muito o resfriado humano, como febre, apatia, tosse, coriza e espirros.
Se não cuidadas, a doença pode evoluir para quadros mais graves, com infecções secundárias provocadas por bactérias, como a pneumonia. “Além das doenças respiratórias, animais idosos também podem apresentar sintomas osteoarticulares em função do frio, principalmente se já sofrem de artrose ou hérnia de disco, que provocam mais dores nesse período do ano”, explica Drª Ana Flávia Ferreira.
Alimentação – O ideal é aumentar em cerca de 20% a porção de alimento durante o inverno, pois o gasto energético é maior, tanto dos animais adultos, quanto dos filhotes. É válido lembrar que esse aumento só é indicado para animais que estão em forma. Veja aqui a quantidade ideal de ração para seu cão. Cachorros obesos devem continuar recebendo sua porção habitual de ração.
Higienização – Para garantir a saúde dos cães durante o inverno, também é importante reduzir a frequência dos banhos, que podem passar de semanais para quinzenais, sempre feitos no horário mais quente do dia: das 11h às 15h. “Secar o animal com o auxílio de um secador de cabelos morno; não sair com o cão logo após o banho, para evitar choques de temperatura; manter os pelos dos animais mais longos nesta fase do ano e evitar definitivamente os banhos em dias muito frios, são dicas importantes para não colocar a saúde dos animais em risco”, ensina a médica veterinária.
E se o sol sair, não pense duas vezes e leve seu cão para um passeio, só que em horários seguros: antes das 10h ou após às 16h!

- Cachorros : Cinomose

Você sabia que a Cinomose pode matar? Conheça a doença, entenda seus sintomas e fique sempre atento ao seu cachorro. E lembre-se: sempre vacine seu cão.
cinomose1 Cinomose
O que é a cinomose?
Trata-se de um doença que acomete os cães. Ela pode atingir vários órgãos, ou seja, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo.
É altamente contagiosa, sendo causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido. É um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns e, leva quase sempre à morte tanto filhotes, porém os adultos também podem se contaminar se não vacinados. Não escolhe sexo ou raça, nem a época do ano.
Como é feita a transmissão?
Ela se dá através de animais que se contaminam por contato direto com outros animais já infectados ou pelas vias aéreas quando respiram o ar já contaminado.
Alguns animais doentes podem ser assintomáticos, ou seja, não apresentarem sintomas, porém estão disseminando o vírus para outros animais ao seu redor através de secreções oculares, nasais, orais ou pelas fezes, sendo que a principal fonte de transmissão é através de espirros, pois quando o animal espirra, elimina gotículas de água pelo nariz e estas gotículas estão contaminadas com o vírus. Este ato de espirrar pode contaminar cães sadios que estiverem por perto ou até mesmo um humano pode carregar o vírus nas suas roupas ou sapatos, sem se contaminar indo até um animal sadio, onde será depositado. Portanto, o cão pode se infectar por via respiratória ou digestiva, através de contato direto ou fômites (um humano, por exemplo) e até por água e alimentos que contenham secreções de animais contaminados.
Os sintomas da Cinomose:
Cinomose 1 CinomoseDepois que o animal foi infectado, ocorre um período de incubação de 3 a 6 dias ou até 15 dias, que é o tempo que o vírus leva para começar a agir dentro do organismo e fazer com que o cão apresente os sintomas. Após isso, o animal apresenta febre que pode chegar até os 41º C com perda de apetite, apatia (ficar quieto demais), vômito e diarréia, corrimento ocular e nasal. Estes sintomas iniciais podem durar até 2 dias.
Após isso, o animal pode se apresentar com o comportamento normal, como se estivesse curado, passando uma idéia de que poderia ter sido acometido apenas de um mal estar temporário. Essa falsa idéia de que está tudo de volta ao normal pode permanecer por meses.
Após isso, surgem os sinais patognomônicos (específicos), da cinomose e a intensidade destes sinais dependerão do sistema imune de cada animal.
Dentre estes sinais típicos podemos citar vômito e diarréia, novamente o corrimento ocular e nasal e sinais de alteração do sistema nervoso como falta de coordenação motora (o animal parece estar “bêbado”), tiques nervosos, convulsões, paralisias.
De acordo com o estado do sistema imunológico do animal como um todo, ele pode vir a óbito diante de apenas um só sintoma ou pode sobreviver desenvolvendo todos os sintomas, a todas as fases com prognóstico desconhecido.
Pela ordem geralmente, os primeiros sintomas da segunda fase (aquela após meses em estado normal) são a febre, falta de apetite, vômitos, diarréia e dificuldade de respirar (dispnéia). Posteriormente, conjuntivite com muita secreção ocular, secreção nasal acentuada e peneumonia. Passada uma ou duas semanas, os sintomas neurológicos são apresentados. Diante destes sintomas, o cão pode ficar agressivo, tendo dificuldade em reconhecer seu dono, pois ocorre uma inflamação no cérebro. Pode ocorrer também uma paralisia dos músculos da face e diante disso o cão não consegue beber água, pois a paralisia não permite que ele abra a boca. As lesões cerebrais e medulares devido ao vírus podem causar paralisia no quarto posterior como se o animal estivesse “descadeirado”, ou apresentar incoordenação motora. Os sintomas tendem a piorar conforme os dias se passam, de forma lenta ou rápida, dependendo de cada animal, porém não regridem depois do vírus já estar devidamente instalado no organismo.
Tratamento
Um tratamento para o vírus da cinomose não existe. O que o médico veterinário pode fazer, após a confirmação através de exames laboratoriais que o animal contraiu o vírus, é tratar medicamentosamente dos eventos paralelos que o vírus causa. Por exemplo, o animal pode receber medicamentos para a febre, diarréia, vômitos, convulsões, secreções, mantendo o animal em um ambiente limpo e com temperatura agradável, realizando uma alimentação correta, melhorando, com isso, os sintomas, porém, não eliminando e nem combatendo o vírus em si. O prognóstico, mais uma vez, varia de acordo com cada animal. Os filhotes, por exemplo, possuem um prognóstico desfavorável de recuperação, possuindo alta taxa de mortalidade, pois seu sistema imunológico está desenvolvido, porém não está apto totalmente para combater todos os sintomas causados pelo vírus.
Como prevenir a Cinomosepet vaccination dog 1011 298x232 Cinomose
Como o próprio nome já diz, a única forma de combater a cinomose é através da prevenção com o importante e indiscutível ato da vacinação.
As vacinas contra cinomose disponíveis no mercado podem ser compostas pelo vírus atenuado, conhecidas como V10, utilizadas há muito tempo. Existem também as vacinas recombinantes, mais modernas, desenvolvidas para imunização de humanos e animais.
No plano de vacinação, os cães podem ser vacinados a partir de 6 semanas de idade, ficando a critério do médico veterinário, pois se o animal estiver debilitado, fora de peso, com parasitose, a recomendação é de que seu estado físico possa ser restabelecido antes da vacinação.
Os filhotes devem receber 3 doses desta vacina na primeira fase da vida. Posteriormente, os cães devem receber uma dose da vacina anualmente. Portanto, resumindo, são 3 doses, a primeira com 6 semanas de vida, após estas, fazer um reforço uma vez ao ano.
Portanto, é preciso deixar bem claro que a cinomose é um vírus que pode ser letal, que não possui cura e que cabe aos proprietários o dever de se realizar a vacinação dos seus cães de modo a prevenirem que os seus e os outros possam vir a contrair. Os cães não podem falar a língua dos humanos, necessitando, portanto, que nós, enquanto cidadãos responsáveis, façamos a parte que nos deve, colaborando para a saúde dos nossos amigos e também com a saúde pública de toda uma comunidade.
Fontes:
http://www.cinomose.com.br
http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/cinomose.htm;
TUDURY, E. A.; ARIAS, M. V. B.; BRACARENSE, A. P. F. L.; MEGID, J.; DIAS, R. F. J. Observações clínicas e laboratoriais em cães com cinomose nervosa. Ciência Rural. Santa Maria, v.27, n.2, p.229-235, 1997.

- Cachorros : Vacinas e Calendário de Vacinação

Quais vacinas meu cachorro precisa tomar? E se ele nunca foi vacinado? Quando são essas vacinas? Saiba mais e veja o calendário de vacinação para o seu cachorro.
dog being vaccinated Vacinas e Calendário de Vacinação
É importante saber que as vacinas que seu cão deve receber e os intervalos entre as doses devem ficar a critério do veterinário que cuida do seu cão. Aqui no Tudo sobre Cachorros buscamos esclarecer as suas dúvidas e disponibilizar um calendário de vacinação pra você acompanhar as vacinas do seu cão. Indepentemente das vacinas que o veterinário irá aplicar, as vacinas múltipla (V8 ou V10) e anti-rábica são obrigatórias em qualquer esquema de vacinação.
Os cachorros adultos que nunca foram vacinados ou os filhotes que já passaram da época correta de vacinar precisam receber duas doses de vacina múltipla (com intervalo de 21 dias entre elas) e uma dose de vacina anti-rábica. Isso também vale para cães “desconhecidos”, quando não se sabe se foram vacinados um dia.
Além dessas vacinas, existe a imunização contra a leishmaniose ou calazar, uma importante zoonose (doença que pode ser transmitida do bicho para os seres humanos). Essa vacina é aplicada em regiões onde a doença é comum e deve ser antecedida de exames para detectar se o cão já tem a doença.
Não se deve vacinar filhotes com menos de 45 dias de idade, a menos que a cadela que deu à luz aos filhotes nunca tenha sido vacinada, pois as vacinas podem ser inativadas pelos anticorpos passados da mãe para a cria.
Calendário de Vacinação para cães (clique para ampliar):
vacinacao caes Vacinas e Calendário de Vacinação
vacina Vacinas e Calendário de Vacinação
No dia da vacinação recomenda-se:
- Cães dóceis devem estar com coleira e guia, serem conduzidos por pessoas com tamanho suficiente para controlá-los e contê-los na hora de tomar a vacina.
- Crianças não devem levar os animais para vacinar.
- Animais bravos devem estar com focinheira para não oferecer nenhum risco de agressão ao proprietário ou outras pessoas.
- Gatos são naturalmente muito assustados e devem ser levados em caixas de transporte ou similar, para que evitar fuga ou acidentes.
- Animais doentes não devem ser vacinados. Exemplos: animais com diarreia, secreção ocular ou nasal, sem apetite, animais que estão convalescendo de cirurgias ou outras enfermidades.
Para proteger contra raiva, a Prefeitura de SP disponibiliza a vacinação gratuita. As campanhas acontecem sempre em agosto e existem postos permanentes que vacinam o ano todo.
Endereços de Postos de Vacinação contra a RAIVA na cidade de São Paulo:
Butantã – Av. Caxingui, 656 – Fone: 3721-7698
Cidade Ademar – Rua Maria Cuofono Salzano, 185 – Fone: 5675-4224
Ermelino Matarazzo – Av. São Miguel, 5.977 – Fone: 2042-6018
Guaianazes – Rua Hipólito de Camargo, 280 – Fone: 2553-2833
Itaim Paulista – Rua Ererê, 260 – Fone: 2053-2027
Mooca – Rua dos Trilhos, 869 – Fone: 2692-0644
Perus – Rua Sales Gomes, 130 – Fone: 3917-6177
Santana – Rua Santa Eulália, 86 – Fone: 3397-8900

Fontes :

 Site webanimal
Site Prefeitura de SP

- Cachorros : Babesiose - Doença do Carrapato

A Babesiose (ou Piroplasmose) é mais uma doença transmitida pelos indesejáveis carrapatos aos nossos cães. Assim como a Erliquiose, ela também pode ser chamada de “Doença do Carrapato” e chega silenciosamente. A Babesiose, se não tratada, pode ser mortal, assim como a Erliquiose.

Essa doença é transmitida através do carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus), o famoso “carrapato do cão“. Ela é causada pelo protozoário Babesia canis, que infecta e destrói os glóbulos vermelhos (diferente da Erliquiose, que é causada por uma bactéria que destrói os glóbulos brancos).

Os carrapatos precisam de um ambiente quente e úmido para se reproduzir, por isso são muito mais comuns em países tropicais. No Brasil, a Babesiose é mais comum no Nordeste e menos comum no Sudeste e no Sul.


Atenção aos carrapatos!

babesia Babesiose   Doença do CarrapatoO carrapato do cão (Rhipicephalus sanguineus) é encontrado no meio ambiente muito facilmente, como canis, muros, telhados, batentes de portas, troncos e cascas de árvores, parte de baixo de folhas e plantas, residências etc. Esse parasita é muito sensível à claridade, por isso se “escondem” em ambientes com pouca luz. Vale lembrar que o homem não pode ser hospedeiro dos carrapatos. Isso porque dificilmente uma pessoa irá deixar que um carrapato fixe-se em sua pele sem retirá-lo. Além disso, para ser infectado pela doença (tanto a Babesiose quanto a Erliquiose), o carrapato precisa ficar preso à pele por no mínimo 4 horas, o que é muito difícil de ocorrer, já que assim que picados, nossa primeira reação é retirar o parasita do nosso corpo. Como os animais não tem essa capacidade, eles dependem de nós para verificar se há algum carrapato em seu corpo.

Importante lembrar que os carrapatos não vivem sem um hospedeiro, pois precisa de seu sangue para sobreviver, sugando-o até ficar saciado. Depois de se alimentar, eles se soltam do hospedeiro até precisar de sangue novamente e partir em busca de um outro animal cujo sangue irá servir de alimento.

O carrapato é infectado quando se alimenta do sangue de um cão com Babesiose. Uma vez ingeridas as babésias, elas se instalam e contaminam os ovos que serão postos pelo carrapato fêmea. Depois de já terem contaminado os ovos, as larvas e as ninfas, esses protozoários se fixam nas glândulas salivares do carrapato adulto e se multiplicam neste lugar. Quando este carrapato contaminado for sugar o sangue do próximo hospedeiro (cão), irá infectar este cão com a Babésia.

carrapato3 Babesiose   Doença do Carrapato


Sintomas da Babesiose

Após a infecção, a presença de parasitas no sangue acontece dentro de um ou dois dias, perdurando por cerca de quatro dias. Os microorganismos então desaparecem do sangue por um período de 10 a 14 dias, ocorrendo então uma segunda infestação dos parasitas, dessa vez mais intensa.

Muitas infecções por Babesia canis são inaparentes. Em alguns casos, os sintomas clínicos se tornam aparentes apenas após esforço (decorrente de exercício esgotante), cirurgias ou outras infecções. Tipicamente os sintomas da Babesiose são: febre, icterícia, fraqueza, depressão, falta de apetite, membranas mucosas pálidas e esplenomegalia (aumento do baço). Podemos encontrar ainda perturbações da coagulação e nervosas. Por isso é sempre bom estar atento ao comportamento do seu cão. Se de repente ele ficar prostrado, triste, apático, sem ânimo e com atitudes anormais para seu temperamento, investigue imediatamente o que pode estar ocorrendo. Ele pode estar apenas enjoado, mas ele também pode estar infectado, com Babesiose ou Erliquiose, ambas as doenças podendo ser chamadas de “Doença do Carrapato”.

Encontrou um carrapato no seu cachorro? Observe seu cão durante três ou quatro dias e repare se há:
- um enorme abatimento;
- apatia, tristeza, prostração;
- febre;
- grande cansaço;
- urina escura (“cor de café”);
- mucosas de cor amarelada antes de se tornarem “branco de porcelana “.

Nos exames de laboratório (sangue), os sintomas mais frequentes são: anemia, aumento dos níveis de bilirrubina no sangue, presença de bilirrubina e hemoglobina na urina e diminuição do número de plaquetas. É muito comum a presença de quadros de insuficiência renal aguda.

A babesiose é uma causa infecciosa de anemia hemolítica. O espectro da doença varia de uma anemia leve, clinicamente inaparente, a uma forma fulminante com marcada depressão e achados clínico-patológicos consistentes com coagulopatia intravascular disseminada.


Diagnóstico

Exame de sangue imediatamente. O diagnóstico é confirmado pela identificação dos microorganismos de Babesia nas hemácias em esfregaços sanguíneos corados. Contudo, nem sempre os microorganismos podem ser encontrados nos esfregaços sanguíneos e nestes casos podem ser realizados testes sorológicos para confirmação do diagnóstico.


Tratamento e cura da Babesiose

O tratamento da babesiose vai abranger duas questões: o combate ao parasita e a correção dos problemas que foram causados por este parasita (como a anemia e a insuficiência renal, por exemplo).

Atualmente, os veterinários possuem à sua disposição piroplasmicidas (Babesicida) capazes de destruir o parasita. O tratamento das complicações da doença, que é indispensável, consiste por exemplo na cura da insuficiência renal (por diferentes meios, entre os quais a hemodiálise, ou seja, o rim artificial), além de serem tratadas as demais complicações da doença.

Essas graves complicações, como a insuficiência renal e a anemia aguda, podem levar à morte do cão. Por isso é tão importante diagnosticar a Babesiose Canina o mais rápido possível, assim as sequelas hepáticas e renais são evitadas ao máximo.


Como prevenir a Babesiose

carrapato grama 300x199 Babesiose   Doença do CarrapatoA melhor maneira de prevenir essa doença é evitando os temíveis carrapatos. É importante desparasitar frequentemente o local onde o cão vive e o próprio cão também. Uma maneira simples e eficaz é manter a grama do jardim sempre curta, para evitar que carrapatos se escondam por baixo das folhas. Outra forma eficaz é a aplicação da “vassoura de fogo” ou “lança chamas” nos muros, canis, estrados, batentes, chão etc., pois elimina todas as fases do carrapato: ovos, larvas, ninfas e adultos. Para desparasitar o cachorro, existem vários métodos: pós, sprays, banhos, coleiras anti-parasitas, medicamentos orais, etc. Ainda não há uma vacina eficaz contra a doença.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

- Cachorro : Rottweiler

O Rottweiler tem origem desconhecida e provavelmente descente do Mastiff Italiano. Durante a idade média, o Rottweiler era usado como cão pastor. Essa raça quase foi instinta no século 19, mas conseguiu sobreviver e voltou com força total no século 20. O Rottweiler é usado hoje em dia para diversas funções, como tracking, pastoreio, cão de guarda, cão policial e cão de alerta.
Rottweiler 1 Rottweiler


Temperamento

Cosmo RottweilerO Rottweiler pode ser um cão amável e divertido, mas ele é muito poderoso e pode ser sério às vezes. Um treinamento de obediência adequado desde filhote e a socialização são extremamente necessários (para todas as raças, não somente Rottweilers). Essa raça pode ser muito territorial e protetora de sua família e casa. Rottweilers podem ser bem intimidadores e ainda carregam a fama de serem bravos, mas eles são ótimos para famílias e podem ser muito dóceis também.

O temperamento de um Rottweiler pode variar. Alguns podem ser muito apegados e dóceis (bobos, mesmo!), enquanto outros podem ser mais irritados. É importante que essa raça seja socializada desde filhote, para que não estranhe animais ou pessoas quando adultos e por ser uma raça muito forte e poderosa, pode causar problemas. Rottweilers são ótimos com crianças se criados em um ambiente com criancas desde cedo, mas devem ser supervisionados quando estão com crianças muito pequenas, pois são muito fortes e grandes. O Rottweiler se dá bem com outros cães, mas podem mostrar sinais de agressividade se não tiverem sido acostumados com a presença de outros cães desde filhote. Ou seja: quando for filhote, seu Rottweiler precisa ser apresentado a todos os estímulos, como crianças, outros animais, outros cães, pessoas de diversas etnias etc. É também uma raça muito protetora tanto para com sua família quanto para com seu território.


Cuidados

Rottweiler 1 645mk0628111 e1336964935991 300x265 RottweilerO Rottweiler tem um pelo curto e brilhante, de fácil manutenção. Escovar regulamente para tirar o excesso de pelos mortos é suficiente para mantê-lo bonito. Dar banho com muita frequencia vai tirar a oleosidade natural de sua pele, causando sérios problemas dermatológicos. Não dê banho com muita frequência em seu cão. Banho à seco é usado em muitos Rottweilers para não remover a oleosidade natural de sua pele.


Inteligência e treinamento

Rottweilers adoram aprender e serão excelentes se tiverem oportunidade. Treino de obediência é essencial, já que essa raça pode se tornar bem destrutiva se não for estimulada. É preciso uma pessoa forte, firme e dominante quando for treinar esse cão poderoso. O Rottweiler é extremamente inteligente e se sai muito bem em diferentes esportes, mas também pode ser teimoso. Ocupam o 9º lugar no ranking de inteligência canina.
rottweiler na grama e1336965114346 Rottweiler


Atividade e exercícios

Um Rottweiler deve ter no mínimo um quintal grande para se exercitar. Prender um Rottweiler dentro de um apartamento, por maior que o apartamento seja, não é uma boa idéia. Eles não são ativos dentro de casa, então eles precisam de muito exercício fora de casa, sem coleira de preferência. Por isso a importância do quintal, cercado, sempre. Essa raça ama passear por uma longa jornada e deve sair pra passear no mínimo duas vezes por dia, com um total de 2 horas de exercício por dia. Não ignore essa necessidade dos Rottweilers, pois pra ter um cão equilibrado, feliz e dócil, você deve suprir o que ele precisa.

rottweiler brincando Rottweiler


Resumindo

- Grande, muito forte e poderoso
- Altamente inteligente (9º lugar no ranking de inteligência canina)
- Sério e confiável
- Muito protetor e territorial com sua casa e sua família
- Naturalmente alerta para estranhos e não será amigável com alguém que ele não tenha sido apresentado adequadamente
- Pode ser muito agressivo se alguém invadir seu território
- Pode ser agressivo com outros cães machos
- Ele é brincalhão e divertido
- É ótimo com crianças
- É o melhor cão de guarda de todas as raças
- Não tem medo de nada


Energia5 Rottweiler
Inteligência6 Rottweiler
Agressividade2 Rottweiler
Cuidados com o pelo2 Rottweiler
Guarda10 Rottweiler
Alerta10 Rottweiler
Necessidade de exercício4 Rottweiler
Relacionamento com outros cães1 Rottweiler

- Cachorros : Projetos SalvaCão .

395899 10150575779013924 615348923 9175349 802839687 n Projeto SalvaCão
O Projeto SalvaCão é uma iniciativa que ajuda os cães abandonados. São recolhidos das ruas, tratados, cuidados e depois disponibilizados. Seu futuro cachorro pode estar aqui para adoção, esperando por você!
O Tudo Sobre Cachorros resolveu ajudar esse projeto e estamos agora divulgando os cães que estão em busca de um lar amoroso, com donos conscientes e apaixonados por cães. Todos os cães dessa página estão disponíveis e esperando para serem adotados.
Quem sabe você não vai encontrar aqui o seu melhor amigo? :-)
Para saber mais informações sobre os cães, fale com a Lelê:
alesie@gmail.com
twitter.com/alesie
Não pode adotar? Contribua com o que você puder: http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=35781
CÃES PARA ADOÇÃO EM SÃO PAULO/SP


volino Projeto SalvaCão
rodolfo Projeto SalvaCão
whisky Projeto SalvaCão
zepedro Projeto SalvaCão
billypaul Projeto SalvaCãoBilly Paul, muito tranquilo, doce e carinhoso. Aceita bem outros cães, 1 ano, 25 kg, castrado e vacinado. Pronto pra adoção!



pit+2 Projeto SalvaCão
Thor, abandonado em um apartamento no Cambuci desde OUTUBRO de 2011, era alimentado por uma fresta na porta. Foi resgatado dia 6/1/2012 e está em recuperação.

pit+3 Projeto SalvaCão
Madalena, antes (saudável) e depois do trato irresponsável de um canil CRIMINOSO. está em tratamento e sob nossos cuidados.

pit Projeto SalvaCão
Tobias, bebezão de um ano mais ou menos, castrado, vacinado, super saudável, se dá bem com crianças e cães, não aceita gatos.

prince Projeto SalvaCão
Este é o Prince. Resgatado morrendo na Estação Barra Funda do metrô, com a orelha caindo. Hoje, totalmente recuperado, espera por adoção.

- Cachorros :Cães paraplégicos (Displasia)

Cada vez está mais comum vermos nas ruas cachorros com cadeiras de rodas passeando com seus donos. Particularmente fico feliz, pois já ouvi pessoas comentarem de terem sacrificado seus cães que vieram a se tornar paraplégicos, já que dá trabalho para cuidar e, teoricamente, não dá mais para levar uma vida “normal”. Nós, do Tudo sobre Cachorros, decidimos falar desse assunto para esclarecer as principais razões da paraplegia, explicar como ocorre a doença mais comum que pode levar à paralisia das patas traseiras – a Displasia Coxo-femural e conscientizar donos e futuros donos de que um cão paraplégico pode ser um cão muito feliz.
A Paralyzed dog in Poland uses a wheelchair to action 1 Cães paraplégicos (Displasia)
Nossa querida colunista Juliana escreveu esse artigo para o TSC:
Existe uma série de lesões que podem afetar os cães levando a uma paralisia dos membros. Dentre elas podemos destacar lesões neurológicas, musculares e articulares.
Neste artigo, falaremos mais amplamente de algumas características que podem levar o animal a uma paralisia, e mais detalhadamente a respeito da Displasia Coxo-femural (DCF) que é a doença mais comum de ocorrer.
Ataxia, ou descoordenação, surge quando se rompem vias sensoriais responsáveis pela transmissão dos sinais que controlam a propriocepção. Ocorre mais comumente como conseqüência de doença da medula espinhal, mas também pode ser resultado de disfunção cerebelar ou doença vestibular.
A doença de medula espinhal promove a ataxia (descoordenação) dos membros acompanhada por certo grau de fraqueza ou paralisia. Na doença vestibular ocorre descoordenação e perda de equilíbrio, associadas à inclinação da cabeça e nistagmo (tremer dos olhos). E na doença cerebelar é caracterizada pela descoordenação da cabeça, do pescoço e dos quatro membros; os movimentos da cabeça, do pescoço e dos membros são bruscos e descontrolados; a marcha é esticada e de passadas altas (como se desse um passo maior que a perna).
Outras causas de paralisia:
O Vírus da Cinomose Canina, quando já atingiu o Sistema Nervoso Central, pode apresentar como sintomas rigidez cervical, convulsões, sinais cerebelares ou vestibulares, tetraparesia e descoordenação.
O Vírus da Raiva pode apresentar como sinais descoordenação e paralisia dos membros pélvicos, evoluindo para tetraparalisia.
Isabel on her wheels+(1) Cães paraplégicos (Displasia)Traumatismo da Medula Espinhal, sendo as mais comuns fraturas ou luxações da coluna e protusão traumática dos discos intervertebrais, o que podem gerar paralisias passageiras ou temporárias.
Discopatia Intervertebral Aguda: trata-se da ruptura aguda do disco intervertebral, sendo que é mais comum de ocorrer em raças de pequeno porte como Dachshund, Poodle Toy, Pequinês, Beagle, Welsh Corgi, Lhasa Apso, Shih Tzu, Yorkshire e Cocker Spaniel, podendo levar a uma paralisia.
Embolismo Fibrocartilaginoso: podem ocorrer infarto agudo e necrose isquêmica da medula espinhal em conseqüência do alojamento de fibrocartilagem em artérias e veias de pequeno calibre. Esse fenômeno pode comprometer qualquer região da medula espinhal e resultar em paresia ou paralisia. A causa não é conhecida. Em cerca da metade dos casos, o embolismo ocorre imediatamente após traumatismo secundário ou esforço físico.
Mielopatia Degenerativa: acomete geralmente cães mais idosos (com mais de 5 anos de idade) das raças Pastor Alemão, Husky Siberiano e Chesapeake Bay Retriever, causando perda lentamente progressiva da propriocepção, paralisia dos membros pélvicos devido à lesão em Neurônio Motor Superior.
Paralisia causada pelo Carrapato: os sinais ocorrem de 5 a 9 dias após a fixação do carrapato. O animal apresenta fraqueza dos membros pélvicos evoluindo rapidamente para o decúbito (ficar deitado de lado) em 24 a 72 horas, o que resulta em paralisia completa do Neurônio Motor Inferior.
Botulismo: é raro em cães, sendo o resultado da ingestão de alimento deteriorado ou carcaça de algum animal em decomposição contendo a toxina do tipo C produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que causa paralisia completa do Neurônio Motor Inferior.
Doença Articular Degenerativa (DAD): é um distúrbio crônico, progressivo, não-inflamatório, que resulta em lesão da cartilagem articular e alterações degenerativas e proliferativas. O dano inicial às cartilagens articulares pode ser um fenômeno idiopático ou decorrente de um estresse mecânico anormal (como um trauma). Como sintoma apresenta, inicialmente, rigidez articular e claudicação que pode ser mascarada quando o animal se aquece pelo exercício físico. À medida que a DAD progride, a fibrose gerada e a dor podem levar à diminuição da tolerância ao exercício, claudicação constante e, nos casos mais graves, atrofia muscular. Uma única articulação ou várias podem ser acometidas.
A DISPLASIA COXOFEMURAL (COXO-FEMURAL)
A displasia coxofemural em cães (DCF) se trata de uma alteração da conexão entre a cabeça do fêmur e o acetábulo (estrutura que liga a pélvis ao fêmur).
Sua transmissão é hereditária, recessiva, intermitente e poligênica, ou seja, pode ter vários genes que contribuem para essa alteração. Em associação à hereditariedade, a nutrição, fatores biomecânicos e ambiente que o animal se encontra podem piorar a condição da displasia. O ambiente a qual me refiro pode ser, por exemplo, o tipo de piso, quanto mais liso o piso, maiores são as chances de o cão escorregar, sofrer um acidente, uma luxação, agravando, assim, o problema.
Sintomas da Displasia


displasia Cães paraplégicos (Displasia)
Os sinais clínicos da displasia coxofemural variam muito, podendo apresentar claudicação uni ou bilateral, (ou seja, de uma ou das duas pernas) dorso arqueado, peso corporal deslocado em direção aos membros anteriores, com rotação lateral desses membros e andar bamboleante, como se fosse cair a qualquer momento.
Geralmente os sinais aparecem dos 4 aos 6 meses de idade, inicialmente como uma manqueira discreta que pode ir se desenvolvendo até que o animal perca a capacidade de se locomover.
Os sintomas são muito variados, mas o que se deve estar atento é com a dificuldade em caminhar, crepitações (estalos) nas articulações (juntas) e sinais de dor que vagarosamente passam a ser constantes. O animal começa mancando de alguma das patas traseiras, com dor ao andar, atrofia muscular, mobilidade alterada (muita ou pouca), choro pela dor, arrasta-se pelo chão, e, dependendo da gravidade do caso, como já oi dito, perde os movimentos das patas traseiras.
Existem cães que são apenas portadores da displasia, não apresentam dor, estes apenas são diagnosticados através do exame radiográfico, com isso, as manifestações clínicas nem sempre são compatíveis com os achados radiológicos. Estudos estatísticos mostram que 70% dos animais radiograficamente afetados não apresentam sintomas e somente 30% necessitam de algum tipo de tratamento.
Nos últimos anos, as associações de criadores das diferentes raças caninas têm demonstrado maior preocupação com a DCF e, da mesma forma, os proprietários estão mais bem informados quanto aos problemas que esta afecção pode causar. Assim, é fundamental que os médicos veterinários estejam cada vez mais envolvidos com exames radiográficos para a displasia, sabendo interpretá-los corretamente. A qualidade radiográfica vai depender das radiografias devidamente identificadas e as que obedecerem aos critérios de posicionamento do animal, cujo padrão de qualidade ofereça condições de visualização da micro trabeculação óssea da cabeça e colo femorais e ainda definição precisa das margens da articulação coxofemural, especialmente do bordo acetabular dorsal, além do tamanho do filme que deve incluir toda a pelve e as articulações fêmoro-tíbio-patelares do paciente.
iStock 000000877070Small+(1) Cães paraplégicos (Displasia)
A doença afeta muitas raças de cães sendo mais comum nas de grande porte, tais como Pastor Alemão, Rotweiller, Labrador, Weimaraner, Golden Retriever, Fila Brasileiro, São Bernardo, dentre outras. Mas também em menor quantidade de casos, a DCF pode atingir cães que tenham menores taxas de crescimento, ou seja, o rápido crescimento do esqueleto que não foi acompanhado devidamente pelo crescimento da musculatura pélvica. Não há preferência quanto a machos ou fêmeas, os atingindo na mesma freqüência.
Diagnóstico:
Para a realização do diagnóstico, utiliza-se o exame Radiográfico (Raios-X), sendo este um método seguro diante de alguns cuidados.
As articulações coxofemorais de cães que eventualmente desenvolvem displasia são estrutural e funcionalmente normais ao nascimento. O diagnóstico radiográfico pode ser feito, inicialmente, entre seis e nove meses de idade, dependendo da gravidade do caso. Porém a indicação mais segura é que seja feita com 12 meses de idade em cães pequenos e 18 meses para cães de grande porte, devido justamente ao processo de crescimento dos cães, especialmente antes do fechamento das placas epifisárias (são locais onde existe um espaço para que a cartilagem do filhote possa crescer e se calcificar formando osso), podendo, antes dessa idade, dar um resultado incorreto (falso negativo).
De acordo com as Normas do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, o diagnóstico definitivo só pode ser tido com 24 meses de vida do animal.
Para o melhor resultado do exame, o cão deverá estar em jejum por 8 horas. Ele receberá um sedativo para relaxar a musculatura, objetivando-se obter o melhor posicionamento técnico para a melhor imagem possível. Não é recomendado para gestantes, pois seus filhotes podem ser prejudicados e nem para cadelas que pariram há menos de 30 dias, pois sua ossatura ainda não voltou ao normal.
Na compra do cão das raças predispostas a terem a DCF, deve ser verificado os laudos de pais e avós e algumas gerações anteriores do animal que tenham resultado negativo para a displasia.
Porém, devido à genética, mesmo com laudos de pais e avós e os avanços feitos, existe uma probabilidade pequena de que o filhote adquirido possa ser portador da DCF.
Após o exame radiográfico, algumas técnicas auxiliares são utilizadas na avaliação radiográfica, como a técnica de Norberg que se vale de uma escala e de angulações para resultado da DCF mediante classificações que são divididas em 5 categorias de acordo com as características encontradas:
Grau A: Articulações coxofemorais normais: a cabeça femural e o acetábulo são congruentes. Angulação acetabular, segundo Norberg de, aproximadamente, 105º.
Grau B: Articulações coxofemorais próximas da normalidade: a cabeça femural e o acetábulo são ligeiramente incongruentes e angulação acetabular, de acordo com Norberg, de, aproximadamente, 105º.
Grau C: Displasia coxofemural leve: a cabeça femural e o acetábulo são incongruentes. Angulação acetabular, é de aproximadamente 100º.
Grau D: Displasia coxofemural moderada: a incongruência entre a cabeça femural e o acetábulo é evidente, com sinais de subluxação. Angulação acetabular, segundo Norberg, é de aproximadamente 95º.
Grau E: Displasia coxofemural grave: há evidentes alterações displásicas da articulação coxofemural, com sinais de luxação ou distinta subluxação. O ângulo de é menor que 90º. Há evidente achatamento da borda acetabular cranial, deformação da cabeça femural ou outros sinais de osteoartrose.
Tratamento:


O tratamento clínico é baseado na utilização de analgésicos, antiinflamatórios para amenizar a dor do animal, melhorando a capacidade de movimentação, controle de peso do animal, pois a obesidade é um fator que forçam as articulações, atrapalhando o processo de recuperação, fisioterapia (natação, caminhadas), evitar que o animal caminhe em piso liso, acupuntura, gerando bons resultados.
agua Cães paraplégicos (Displasia)
Existe também o tratamento cirúrgico para os casos considerados de maior gravidade, a técnica mais utilizada é a implantação de uma prótese total do quadril, sendo este procedimento é praticado apenas em cães com mais de dois anos, uma vez que os ossos necessitam de estar bem formados para suportarem os implantes. Não só com o objetivo de minimizar a dor, mas também de devolver a funcionalidade à anca e corrigir os erros genéticos.
Outras técnicas cirúrgicas utilizadas também podem ser: osteotomia tripla, em cachorros até aos 12 meses, pode-se recorrer a esta cirurgia, desde que os animais não apresentem artrite; dartroplastia, procedimento mais recente, para cães jovens que não têm as condições necessárias para uma osteotomia tripla ou prótese total da anca; osteotomia da cabeça do fêmur, sendo a excisão da cabeça do fêmur que é um procedimento utilizado em último recurso; colocefalectomia; osteotomia intratocantérica; acetaculoplastia; pectinectomia; denervação da cápsula articular.
Como prevenir a Displasia Coxofemural


Evitar obesidade; controle da quantidade de ração e suplementos inadequados ou em excesso para os filhotes, não acelerando seu crescimento inadequadamente, facilitando o surgimento da DCF; exercício para filhotes a partir dos 3 meses de idade de maneira moderada para que possa desenvolver satisfatoriamente a musculatura pélvica e nunca em excesso; o ambiente deve ser favorável ao animal, evitando sempre que ele fique em pisos lisos; filhotes devem ser colocados em chão áspero, para não forçarem a articulação; seleção genética, adquirindo animais de cruzamentos genéticos (pais e avós) que possuam negatividade para DCF. É muito importante adquirir cães de criadores sérios e indicados por outros compradores. O cruzamento de “fundo de quintal” ajuda muito na propagação da doença, já que muitas vezes esse controle não é feito, o que gera centenas de filhotes doentes e com grandes chances de se tornarem paraplégicos. Cuidado com venda de cães em feirinhas e petshops.
MEU CACHORRO ESTÁ PARAPLÉGICO. E AGORA?


O que é importante que saibamos é que, independentemente de qual fator que levou o seu cão a um processo de paralisia, em muitos casos a eutanásia não é necessária, pois existem tratamentos eficientes e, em última instância, quando a paralisia está mesmo instalada, existem as cadeirinhas adaptadas aos cães que podem ter uma vida saudável quando se adaptam a elas, assim como fraldas próprias para cães para manter a higiene do animal quando este perdeu o controle nervoso na hora de fazer as necessidades. A questão aqui é muito particular ao proprietário quanto à disponibilidade de tratamento do cão, pois, envolvem questões financeiras, tempo e cuidado de um humano.
É muito importante também que o dono esteja atento ao animal desde o momento de sua aquisição, fazendo uma varredura a partir do atendimento pelo médico veterinário de qualquer problema que o animal ainda não tenha, mas que possa vir a ter, assim como nos casos de Displasia Coxofemural, ter conhecimento das gerações anteriores do filhote.
DEPOIMENTOS
Julia e sua cachorrinha Mocinha
MOCINHA+1 Cães paraplégicos (Displasia)
“A nossa história começou de uma forma clássica: recebi um e-mail que dizia que se alguém não buscasse o cachorro que estava numa clínica em Osasco até o fim daquele dia, ele seria sacrificado no dia seguinte. Mesmo sabendo que não poderia ficar com o cão, pois eu já tinha 5, fui até lá resgatá-lo.
Quando cheguei lá a mulher me mostrou a gaiola e falou: é essa mocinha aqui. Pronto, ela já saiu de lá com nome: MOCINHA.
Levei ela pra morar na casa dos meus avós em Campos do Jordão. Ela amou o lugar, muito espaço pra correr e mais 3 cães para brincar.
Durante um ano tudo correu bem e eu ia visitá-la aos finais de semana. Até que um dia, quando cheguei lá, a Mocinha estava se arrastando. Misteriosamente. O veterinário de lá não sabia o que era e foi uma coisa repentina. Não tive dúvidas: voltei com ela pra São Paulo pra procurar tratamento. Nenhum veterinário soube dizer ao certo o que ela tem. Mas como ela consegue abanar o rabo, achavam que ela voltaria a andar. Começamos a fazer um tratamento com acupuntura. E eu levava ela pra fazer suas necessidades com uma toalha como apoio. O tempo foi passando e nada dela voltar a andar. Até que me informaram que não tinha mais esperanças, ela não andaria mais. E claro, já estava mais do que decido que a Mocinha era oficialmente parte da família.
JULIA,+MOCINHA+E+DANIEL Cães paraplégicos (Displasia)
Então, encomendei a cadeirinha. Ela se adaptou muito bem. Todos os dias vai passear e é o xodó da praça na rua de trás.
No começo acontecia muitas vezes dela fazer cocô e xixi na cama, mas com o tempo ela aprendeu a nos avisar a hora certa de levá-la ao banheiro. Ela dá uma choradinha.
A gente brinca com ela na caminha mesmo e quando ta na cadeirinha, brinca normalmente com os outros cães.
Onde vou a levo comigo. Como trabalho a noite e meu namorado de dia, é perfeito. Ela nunca fica sem ninguém em casa.
Resumindo, a Mocinha é minha grande companheira. Somos unha e carne. E posso dizer que ela é muito feliz e amada!
Algumas dicas:
MOCINHA+E+PIPO+1 Cães paraplégicos (Displasia)
- Sempre deixo um brinquedo na caminha pra ela roer.
- Não deixar muito tempo na cadeirinha porque machuca. Cuidar bem dos assados causados pela cadeirinha. E se tiver numa fase em que a cadeirinha esteja machucando muito, levar na toalha.
- Deixar sempre água ao alcance do cão.
Semana passada ela foi num veterinário novo que também ficou intrigado com o fato dela conseguir abanar o rabo. Ele acha que essa paralisia pode ser sequela de uma cinomose.”
Mocinha brincando feliz e contente em sua cadeira de rodas:
Janaína Reis e sua cadelinha Doralice

Dora+mar%C3%A7o2012 Cães paraplégicos (Displasia)
“No dia 29/06/2011 soube que, no CCZ de Santo André, estava uma cadela paraplégica, que havia sido abandonada COM CADEIRA DE RODAS, e que seria eutanasiada em poucos dias caso não fosse adotada. Foi impossível ignorar esse caso e decidi, junto com 4 amigas, retirá-la de lá.
Doralice chegou pra mim no dia 01/07/2011. Estava muito magra, debilitada, suja e com diarréia.
Começamos os cuidados: banho, vermifugação, RX da coluna e tratamento para a diarréia.
Doralice apareceu no programa Estação Pet, da Luisa Mell, e com isso conseguimos realizar os exames de tomografia e a ressonância magnética, que foram doadas por dois grandes hospitais veterinários de São Paulo (Hospital Koala e Hospital Cães e Gatos Dr. Hato, em Osasco, respectivamente).
Nesses exames constatamos que o caso de Doralice era irreversível e que não havia possibilidade de correção cirúrgica.
Poucos dias após a realização da ressonância magnetica, Doralice desenvolveu uma infecção uterina e preciso ser operada às pressas.
Sua recuperação foi excelente e desde então Doralice tem uma saúde ‘de ferro’.
Doralice tem uma vida praticamente normal: come, brinca, se movimenta sozinha, apesar da paralisia dos membros pélvicos. Usamos o carrinho apenas para passear na rua.
Doralice se adaptou muito bem à sua nova condição e me arrisco a dizer que ela não possue limitações importantes no seu dia-a-dia. Doralice precisa de auxílio apenas para esvaziar a bexiga, pois com a paralisia ela perdeu a capacidade de contraí-la e esvaziá-la sozinha. É necessário realizar a compressão da bexiga 3 ou 4 vezes por dia.
Doralice foi um presente na minha vida. À princípio a idéia era procurar um adotante para ela, mas isso se tornou impossível após o vínculo que criamos.
Hoje não saberia mais viver sem minha ‘chulezenta’…”